Portugal acaba de ganhar um novo ponto de encontro entre empreendedores, investidores e venture studios. Chama-se STUDIOS.PT e tem como missão acelerar a criação de startups através de um modelo colaborativo, que aposta na sinergia entre tecnologia, investimento e talento.
A associação, composta por venture studios, fundadores e agentes institucionais, quer posicionar o país como referência europeia na inovação baseada em venture building — uma metodologia que junta ideação, desenvolvimento e investimento sob o mesmo teto.
Uma nova abordagem ao empreendedorismo
De acordo com João Neves Monteiro, Executive Director da STUDIOS.PT e CEO da CRON STUDIO, “o objetivo é criar um tecido empresarial mais dinâmico e resiliente, capaz de responder à rápida transformação tecnológica”.
Ao contrário dos modelos tradicionais de incubação, o Venture Studio atua desde a geração da ideia até à consolidação da empresa, usando infraestrutura, capital e equipas internas para desenvolver produtos de forma ágil e integrada.
Um ecossistema conectado
A STUDIOS.PT quer ser uma plataforma de colaboração entre startups, universidades, empresas e investidores, promovendo debates, conferências e workshops para difundir o modelo e partilhar boas práticas.
O plano inclui ainda o mapeamento regular da atividade dos venture studios em Portugal, a criação de bases de dados nacionais e internacionais e o incentivo à publicação de estudos e relatórios sobre o setor.
Entre os fundadores e líderes da associação estão Rui Gouveia (Build Up Labs), João Neves Monteiro (CRON STUDIO) e Miguel Fernandes (Dengun).
O primeiro passo
A estreia oficial da associação acontece já a 10 de novembro, durante o evento “Venture Studios – Web Summit Side Event”, no espaço Hood Lisboa, um encontro que reunirá investidores, universidades e startups num debate sobre o futuro da inovação colaborativa.
Para Rui Gouveia, presidente da STUDIOS.PT, o objetivo é ambicioso: “Queremos que Portugal se torne um dos principais hubs europeus de inovação baseada em venture studios. Não basta criar startups — é preciso criar empresas sólidas, globais e sustentáveis.”
Com esta nova rede, Portugal dá um passo estratégico para fortalecer o seu ecossistema tecnológico e atrair talento e investimento internacional. A inovação colaborativa pode muito bem ser o próximo motor da economia digital nacional.
