Um estudo recente revelou que os modelos de Inteligência Artificial (IA) estão a fornecer respostas mais precisas a questões médicas do que os motores de busca tradicionais. A análise comparou o desempenho de várias ferramentas, incluindo motores como o Google, Bing e Yahoo, com modelos de IA conversacional como o ChatGPT e outros especializados em medicina.
Resultados que surpreendem
Os motores de busca tradicionais acertaram entre 60% a 70% das respostas. Já os modelos de IA atingiram níveis de precisão entre os 80% e 90%, o que demonstra um avanço significativo no tratamento e compreensão da informação por parte destas tecnologias emergentes.
Apesar dos bons resultados, ainda existem riscos. Os modelos de IA, por vezes, apresentam respostas erradas com elevada confiança — as chamadas "alucinações". Isso pode ser particularmente perigoso em áreas sensíveis como a saúde.
Desafios e considerações
A investigação identificou três principais tipos de erro nas respostas geradas pela IA:
- Contradições ao consenso médico estabelecido;
- Má interpretação das perguntas devido à falta de conhecimento contextual ou senso comum;
- Respostas vagas ou imprecisas que não oferecem ajuda prática.
Um dos pontos mais relevantes foi a constatação de que a qualidade da resposta depende muito da forma como a pergunta é feita. Ou seja, perguntas mal formuladas podem levar a respostas menos úteis, mesmo quando se usa IA avançada.
Adicionalmente, os investigadores sugerem que uma possível forma de melhorar os resultados seria combinar a capacidade de linguagem da IA com fontes de informação externas — por exemplo, integrando resultados de motores de busca para enriquecer a resposta com dados mais atualizados e fiáveis.
O que isto significa para o setor tecnológico
Este avanço mostra o potencial da IA como ferramenta de apoio à decisão, especialmente em contextos onde a precisão é essencial. Para profissionais da área tecnológica, este é um sinal claro de que a IA já não é apenas uma tendência, mas uma aliada valiosa no tratamento e acesso à informação.
Por outro lado, este cenário exige um olhar atento sobre a forma como estas ferramentas são usadas. A responsabilidade no uso da IA deve caminhar a par da inovação, com estratégias para mitigar riscos e garantir a confiança dos utilizadores.
A Inteligência Artificial está a mudar a forma como acedemos à informação — e, ao que tudo indica, está a fazê-lo de forma mais eficaz do que os motores de busca tradicionais. O futuro aponta para uma integração inteligente entre estas tecnologias, abrindo espaço para soluções mais robustas, seguras e centradas nas necessidades do utilizador.
Fonte: Notícias ao Minuto