Estamos num momento em que a inteligência artificial está a transformar o universo da programação, mas não de forma apocalíptica. Pelo contrário: a IA favorece uma evolução, elevando os programadores a papéis mais estratégicos, criativos e humanos.
A tarefa repetitiva está a ser externalizada à IA: mas o "porquê" continua com os humanos
Ferramentas de inteligência artificial conseguem gerar código com rapidez e precisão, mas não captam o contexto do projeto: orçamentos, prazos, regras de negócio, segurança ou políticas regulatórias: aspetos indispensáveis em ambientes críticos.
Interpretar requisitos, entender as verdadeiras necessidades do cliente e transpor ideias vagas em soluções concretas: essas capacidades intuitivas e comunicativas continuam a ser exclusivamente humanas.
Produtividade em alta com apoio da IA
Estudos revelam que programadores que utilizam ferramentas de IA completam mais tarefas por semana sem comprometer a qualidade. Para os menos experientes, os ganhos são ainda mais significativos, como se tivessem um colega sénior sempre ao lado.
Competências do futuro: onde a IA não chega
A programação do amanhã exige mais do que escrever código. Serão vitais competências como pensamento crítico, design de sistemas, criatividade, colaboração e literacia em IA, saber como ela funciona, onde falha e como usá-la eficazmente.
Prevê-se que até 2027, 80% dos programadores tenham de aprender novas competências para se manterem relevantes. E até 2030, apesar da eliminação de milhões de empregos, serão criadas ainda mais funções ligadas à programação, cibersegurança e ciência de dados.
Novos papéis emergentes
Com a evolução tecnológica, estão a surgir funções como engenheiros de prompt, revisores de código gerado por IA ou arquitetos de sistemas inteligentes: papéis que combinam know-how técnico com visão estratégica e domínio da IA.
A programação é cada vez mais inclusiva