Na manhã de 28 de abril de 2025, um apagão de grandes proporções surpreendeu milhões de pessoas em Portugal e Espanha. Durante várias horas, infraestruturas críticas e serviços essenciais ficaram inoperacionais, expondo fragilidades no sistema elétrico da Península Ibérica.
Um corte súbito que travou cidades inteiras
O corte de energia começou por volta das 11h30 e afetou zonas urbanas e rurais de norte a sul. Transportes públicos, semáforos, comunicações, hospitais e até aeroportos sentiram o impacto imediato. Embora o fornecimento tenha sido restabelecido durante o próprio dia, o incidente levantou uma série de perguntas: o que causou este blackout? Estará o sistema elétrico preparado para eventos desta escala?
Falha técnica ou erro de coordenação?
As primeiras análises apontam para uma possível falha na rede elétrica espanhola, que terá originado um pico de tensão. Esse aumento abrupto pode ter acionado sistemas de proteção automática em cascata, levando à desconexão de vários pontos da rede, inclusive em Portugal. A rede respondeu com medidas de segurança para evitar danos maiores, resultando numa interrupção generalizada.
Ainda assim, a explicação oficial completa está por apurar, e várias entidades continuam a investigar o que falhou exatamente. O que se sabe até agora é que a origem não terá estado diretamente ligada a falhas na rede portuguesa.
A ameaça digital foi colocada em cima da mesa
Rapidamente surgiram rumores sobre um possível ciberataque. A possibilidade de sabotagem digital foi considerada e ainda está a ser avaliada pelas autoridades competentes. No entanto, até ao momento, não há provas que confirmem qualquer ataque externo.
O cenário atual obriga à reflexão sobre a vulnerabilidade dos sistemas energéticos, especialmente numa altura em que se aposta cada vez mais em redes inteligentes, automatizadas e interligadas digitalmente.
Desinformação e boatos agravam a crise
Como acontece em muitas situações de emergência, a falta de informação clara nas primeiras horas deu origem a especulações e boatos nas redes sociais. Teorias sem fundamento circularam rapidamente, reforçando a importância de canais oficiais ativos e estratégias de comunicação de crise mais eficazes.
E agora, como evitar futuros apagões?
O incidente gerou uma discussão urgente sobre a resiliência energética. Especialistas apontam para a necessidade de reforçar a infraestrutura elétrica, garantir sistemas de redundância mais eficazes e melhorar a interligação com redes europeias. Também se destacou o papel dos sistemas de backup em serviços essenciais — muitos dos quais conseguiram manter operações graças a geradores autónomos.
Este blackout serviu como um alerta importante para governos, operadores de rede e empresas tecnológicas. Com a crescente digitalização dos sistemas energéticos, torna-se essencial combinar inovação com robustez e segurança.
Fonte: Forbes PT