No mundo digital, já não basta estar presente: é preciso criar impacto. É neste contexto que surge o conceito de Share of Influence, uma métrica que vai além do número de publicações e combina menções, interações e visualizações para medir a verdadeira influência de uma marca.
O relatório Share of Influence 2025, que analisou diferentes setores entre julho de 2024 e junho de 2025, deixou uma conclusão clara: os vídeos curtos (em especial os Reels no Instagram) são atualmente o motor mais eficaz de alcance e envolvimento com as audiências.
Métrica que vai além do volume
Um dos principais insights revelados é que dominar em menções não significa, necessariamente, liderar em interações ou visualizações. Em outras palavras, ter escala não é sinónimo de ter influência real. O Share of Influence surge assim como uma métrica mais precisa para marcas que procuram medir o seu verdadeiro impacto.
Além disso, as marcas que colaboram com influenciadores de nicho estão a alcançar melhores resultados em termos de ROI e de ligação autêntica com comunidades específicas. Outro ponto em destaque é que os maiores picos de visualizações continuam associados a conteúdos de vídeo com apoio de paid media, mostrando que o investimento pago continua a ser decisivo para escalar a presença digital.
Setores em destaque
- Tecnologia: A Cosori destacou-se como líder, seguida de marcas como Samsung Portugal e Canon. Os conteúdos em formato curto, com reviews e tutoriais, foram os mais eficazes.
- Moda: A Zara consolidou a sua posição com forte aposta em Reels e conteúdos de transição de outfits, liderando o setor.
- Automóvel: A Hyundai Portugal liderou em quase todas as métricas, com a BYD Portugal a ganhar expressão nas menções.
- Restauração: Restaurantes como o Yakuza by Olivier e o ÀCosta by Olivier dominaram em visualizações e influência, muito graças a conteúdos em vídeo apelativos e focados em gastronomia.
Estes resultados mostram que nem sempre o volume de publicações é determinante. Marcas com menos conteúdos, mas mais direcionados, conseguem alcançar níveis elevados de envolvimento e relevância.
O que as marcas de tecnologia e inovação podem aprender
- Apostar em vídeo curto: em 2025, não há substituto para Reels e outros formatos similares na construção de influência digital.
- Trabalhar com criadores de nicho: comunidades menores podem gerar impacto mais consistente e qualificado.
- Combinar orgânico e paid media: campanhas pagas continuam a ser essenciais para escalar resultados.
- Relevância sobre volume: conteúdos segmentados trazem mais valor do que tentativas de alcance massificado.
Para marcas de tecnologia e inovação, a mensagem é clara: o futuro da influência digital está nos vídeos curtos, nas parcerias estratégicas e na segmentação inteligente. Quem souber integrar estas práticas estará melhor posicionado para destacar-se num mercado cada vez mais competitivo.
Fonte: Briefing