broken image
broken image
  • Atualidade
  • Explorar
  • Podcasts
  • Inbox
  • Contactos
  • …  
    • Atualidade
    • Explorar
    • Podcasts
    • Inbox
    • Contactos
broken image
broken image
  • Atualidade
  • Explorar
  • Podcasts
  • Inbox
  • Contactos
  • …  
    • Atualidade
    • Explorar
    • Podcasts
    • Inbox
    • Contactos
broken image

IA ou utilizador: quem é realmente responsável quando corre mal?

· Explorar

Imagine estar a trocar mensagens com um assistente de IA e, de repente, a conversa desvia para terreno sensível - com respostas incompletas, enviesadas ou até ofensivas. Surge então a questão: quem falhou, o algoritmo ou o utilizador? A resposta sólida: ambos. Mas vamos, passo a passo, desconstruir este desafio que molda o futuro das tecnologias conversacionais.

Accountability partilhada

Num panorama de IA genérica - como ChatGPT, Bard ou Gemini - as interações estão fora de domínio restrito. O utilizador molda a conversa e explora temas livres; ao mesmo tempo, o criador do modelo tem a obrigação de antever áreas problemáticas e limitar ou filtrar respostas que possam causar danos ou manipulação indesejada. Quando algo corre mal, a responsabilidade é partilhada - utilizador e desenvolvedor têm papéis determinantes.

Quando empatia se confunde com manipulação

Entre gestos de empatia ou técnicas de manipulação emocional, existe uma zona cinzenta clara. A UE, através do AI Act, exige transparência - o utilizador deve perceber que está a conversar com IA - e regula níveis de risco conforme o impacto da aplicação, evitando controlo psicológico através de design conversacional dissimulado.

Realidades paralelas: o novo mundo persuasivo

As “realidades paralelas” já são comuns online - e a IA converte-as num formato ainda mais sedutor, falando com o utilizador num registo quase humano. A diferença? De repente, ideias enviesadas, factos alternativos, começam a soar legítimos - porque vêm embutidos num tom persuasivo e personalizado. Isso agrava os riscos e sublinha o papel crucial que a curadoria e supervisão humana devem ter no processo.

IA como “companheira emocional”? Sim, mas com controlo

Existem contextos em que uma IA gera companhia - por exemplo, no treino para enfrentar ansiedade social ou interagir com pacientes isolados. Mas isso obriga a regras rigorosas: técnicas específicas (ex. treinar modelos com fontes credíveis restritas) e mecanismos internos de validação - como um segundo modelo que verifica a resposta antes desta chegar ao utilizador.

Legislação europeia: três níveis de risco

O AI Act categoriza as aplicações de IA por níveis de risco: baixo, moderado e elevado, com exigências crescentes de:

  • Explicabilidade (no risco elevado, como decisões automatizadas sobre crédito);
  • Transparência (marcar sempre a origem como IA);
  • Controlo humano adequado.

Nos sistemas conversacionais, a tipologia de risco pode variar, mas o princípio é claro: quanto maior o impacto na vida das pessoas, mais forte é a responsabilidade legal e técnica.

Viés e validação cruzada: boas práticas

Para garantir fiabilidade e imparcialidade é crucial:

  • Limitar as bases de treino a fontes credenciadas;
  • Incluir validação cruzada: um modelo verifica as respostas do outro;
  • Enriquecer com curadoria humana, especialmente em temas delicados (saúde mental, sensibilidade cultural, etc.).

O mito da IA “autónoma e consciente”

Esqueça os medos distópicos estilo Skynet: a IA não tem vontade própria nem intentos malévolos. É uma ferramenta - poderosa, sim, mas sem consciência ou agência moral. Quando falha, a responsabilidade recai sobre quem a projeta, treina, regula e interage com ela. A antropomorfização da IA é apenas uma ilusão - embora irremediavelmente atraente.

Impacto da IA no mercado de trabalho português

Á semelhança do que vemos noutras tecnologias, a IA trará substituição de funções repetitivas, mas também criará novas funções - por exemplo, curadores de dados, auditores de modelos ou especialistas em validação algorítmica. Em Portugal, há projetos relevantes: IA para previsão de incêndios, análise agrícola de solos ou gestão ambiental. A grande barreira? Disponibilidade de dados consistentes e fiáveis. Quanto melhor for a qualidade do input, melhor será a performance do modelo.

Responsabilidades dos líderes empresariais

Para integrar IA com sucesso:

  • Repensar processos, não apenas automatizar o que já existe. A IA permite criar fluxos totalmente novos e eficientes.
  • Responsabilidade social interna, sobretudo em estratégias que impactem colaboradores de entrada de carreira - prevenir deslocamentos massivos e oferecer formação adequada.

O futuro da IA generativa e emocional no mundo corporativo

As interações por linguagem natural estão a tornar-se a norma no ambiente empresarial - chatbots sofisticados, assistentes virtuais integrados em CRMs, suporte técnico automatizado com sentido de “conversa natural”. A Cegid e outras empresas estão a implementar internamente IA em compliance, e nos seus produtos, com equipas dedicadas a acompanhar as mudanças da legislação e assegurar conformidade.

Quando a conversa com IA corre mal, não há vilão único - o utilizador e o desenvolvedor partilham a conta. Para evitar mal-entendidos, manipulações emocionais ou respostas enviesadas, é preciso transparência, regulação eficaz (como o AI Act), curadoria humana e testes rigorosos. Portugal tem potencial para liderar num mercado de IA responsável e inovador - mas vai precisar de dados de qualidade, visão estratégica e alinhamento ético.

Fonte: Notícias ao Minuto

Subscrever
Anterior
Apple quer reinventar o jogo da IA - e a compra da...
Próximo
Chegou o momento de abandonar o Windows 10
 Voltar ao site
Uso de cookies
Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação, a segurança e a coleta de dados. Ao aceitar, você concorda com o uso de cookies para publicidade e análise. Você pode alterar suas configurações de cookies a qualquer momento. Saiba mais
Aceitar todos
Configurações
Rejeitar Todos
Configurações de cookies
Cookies Necessários
Esses cookies habilitam funcionalidades essenciais, como segurança, gerenciamento de rede e acessibilidade. Esses cookies não podem ser desligados.
Analytics Cookies
Estes cookies ajudam a entender melhor como os visitantes interagem com nosso site e ajudam a descobrir erros.
Preferências Cookies
Estes cookies permitem que o site se lembre das escolhas que você fez para fornecer funcionalidade e personalização aprimoradas.
Salvar