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Num mundo cada vez mais moldado pela inteligência artificial, é cada vez mais comum vermos interações com assistentes como o ChatGPT a incluir expressões de cortesia como "por favor" e "obrigado". Mas o que poucos imaginam é que esta gentileza tem um custo real.
Milhões de interações, milhões em energia
Estima-se que uma única resposta de cerca de 100 palavras por parte da IA consuma energia suficiente para manter várias lâmpadas LED acesas durante uma hora. Agora imagina isso multiplicado por milhões de utilizadores a interagirem diariamente com o ChatGPT — o resultado é uma conta energética gigantesca. Ainda assim, Altman não vê isso como um problema. Pelo contrário, considera que vale a pena o investimento. Para a OpenAI, estas interações “humanizadas” contribuem para uma melhor experiência do utilizador, criando uma relação mais natural e empática com a tecnologia, mesmo que a IA, na prática, não sinta nem emoções nem gratidão.
Operar uma IA tem custos astronómicos
Manter um serviço como o ChatGPT ativo tem implicações financeiras muito mais profundas. O custo diário para operar esta IA ultrapassa os 700 mil dólares, devido à necessidade de servidores potentes, sistemas de refrigeração e toda a infraestrutura necessária para garantir o bom funcionamento da ferramenta. Embora a OpenAI esteja a gerar receitas que superam os 2 mil milhões de dólares por ano, a balança entre receita e custos continua a ser um desafio importante.
Otimizar para não colapsar
Para tentar minimizar este impacto, a empresa — com o apoio da Microsoft — está a trabalhar em soluções tecnológicas mais eficientes, como o desenvolvimento de chips próprios, desenhados para melhorar o desempenho dos modelos e reduzir o consumo energético. Esta aposta na otimização mostra que, além da inovação, há uma crescente preocupação com a sustentabilidade e o custo a longo prazo da operação destas tecnologias.
Humanização da IA: avanço ou armadilha?